quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Pais congelam menina de 2 anos que morreu de câncer por esperança de fazê-la renascer


Matheryn Naovaratpong não resistiu a tipo raro de tumor no cérebro; seus pais optaram por preservar seu cérebro com ajuda de ONG americana, até que ciência do futuro encontre novo corpo para a menina.

Matheryn Naovaratpong estava prestes a completar três anos quando não resistiu a tipo raro de tumor no cérebro (Foto: BBC)

No início deste ano, uma menina tailandesa de dois anos de idade tornou-se a pessoa mais jovem a ser congelada por criogenia. Seus pais recorreram à técnica, que preservou seu cérebro no estado em que se encontrava momentos após sua morte, na esperança de que um dia ela possa ser trazida de volta à vida.

 Ela morreu em 8 de janeiro passado, pouco antes de completar 3 anos. Quando isso ocorreu, seus pais, ambos engenheiros biomédicos, tinham optado pelo procedimento que eles esperam permitir dar a sua filha uma nova chance de viver.
"Assim que ela ficou doente, surgiu imediatamente a ideia de que deveríamos fazer isso por ela, por mais que seja impossível hoje", diz seu pai, Sahatorn. "Fiquei realmente dividido quanto a esta ideia, mas precisava me agarrar a ela. Então, expliquei tudo para minha família." Sua proposta era preservar Einz por meio de uma tecnologia conhecida como criogenia. O corpo, ou apenas o cérebro, no caso de Einz, é colocado em um estado de congelamento profundo até que, em algum momento no futuro, avanços extraordinários da medicina permitam que um novo corpo seja criado para ela e seja possível revivê-la. "Como cientistas, temos 100% de confiança de que isso acontecerá - só não sabemos quando", diz Sahatorn. "No passado, poderíamos pensar que levaria 400 ou 500 anos, mas, agora, podemos imaginar que será possível em 30 anos."

O pai de Einz conta que, a princípio, foi difícil para o restante da família aceitar sua visão, mas quando a saúde da menina piorou, eles começaram a mudar de ideia. Os Naovaratpong escolheram a Alcor, uma ONG do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, provedora dos chamados serviços de "extensão da vida", para cuidar da preservação do cérebro de Einz. Um time da Alcor foi até a Tailândia para supervisionar o resfriamento inicial do corpo de Einz. No momento em que o óbito da menina foi declarado, a equipe da ONG deu início ao que chama de "crioproteção", removendo fluídos corporais e os substituindo por um líquido anticongelante que permite que o corpo possa ser congelado sem comprometer os tecidos. Após sua chegada ao Arizona, o cérebro foi removido e preservado a uma temperatura de -196ºC. Ela é a 134ª paciente da Alcor e de longe a mais nova.

O casal também planeja visitar as instalações da Alcor para ver o recipiente de aço no qual o cérebro de Einz é mantido em "biossuspensão", segundo o termo usado pela ONG. Eles ainda dizem terem doado o mesmo valor gasto com a preservação do corpo de Einz para pesquisas relacionadas a câncer na Tailândia. A Alcor diz que sua operação é "um experimento no sentido literal da palavra". A ONG não promete uma segunda chance de viver, mas diz que a criogenia é um "esforço para salvar vidas". A Alcor afirma que a "morte verdadeira" só ocorre quando o corpo começa a parar de funcionar e seus componentes químicos ficam tão "desorganizados" que a tecnologia médica não pode recuperá-los.

Depois que o óbito é declarado, o corpo é mantido vivo com ajuda de aparelhos. O sangue é trocado por preservantes para que seja possível o transporte de qualquer parte do mundo para a sede da empresa. O corpo é inundado com químicos chamados "crioprotetores", que resfriam as células a -120ºC sem formação de gelo, um processo conhecido como vitrificação. Depois, é resfriado ainda mais, até -196ºC, e armazenado indefinidamente em nitrogênio líquido. "Foi nosso amor por ela que nos levou a este sonho da ciência", diz Sahatorn. "Com certeza, nossa sociedade está avançando a uma nova forma de pensar em que isso será aceitável."

Notícia original de: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/pais-congelam-menina-de-2-anos-que-morreu-de-cancer-por-esperanca-de-faze-la-renascer.html

Publicado por: Glaydison Bittencourt

14 comentários:

  1. A ciência vem se desenvolvendo tanto, que morte será quase nula em todo o planeta, e também quem sabe até mesmo, ter a oportunidades de trazer familiares de volta a vida como é retratado no texto. Bela matéria.

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  2. A ciência vem se desenvolvendo tanto, que morte será quase nula em todo o planeta, e também quem sabe até mesmo, ter a oportunidades de trazer familiares de volta a vida como é retratado no texto. Bela matéria.

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  3. Interessante,gostei da matéria

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  4. Interessante,gostei da matéria

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  5. Os pais deram o primeiro passo, agora basta que a ciência faça sua parte.

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  6. isso nos mostra que a esperança é a ultima que morre .

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  7. isso nos mostra que a esperança é a ultima que morre .

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  8. isso nos mostra que a esperança é a ultima que morre .

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  9. Acredito que isso no futuro sera comum congelarmos pessoas para “resusitarem" elas.

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  10. Interessante essa postagem, muito boa!

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  11. Isso que são pais dedicados, estudam e estudam para que algum dia no futuro possam trazer a filha de volta

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  12. Isso que são pais dedicados, estudam e estudam para que algum dia no futuro possam trazer a filha de volta

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  13. Isso que são pais dedicados, estudam e estudam para que algum dia no futuro possam trazer a filha de volta

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  14. Isso que são pais dedicados, estudam e estudam para que algum dia no futuro possam trazer a filha de volta

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